ESPORTE | A histórica final da Euro
- Larissa Muradi
- 11 de jul. de 2016
- 3 min de leitura
Foto: Francisco Leong/AFP Portugal conquista a Eurocopa 2016
No último domingo (10), o Stade de France foi o palco para uma brilhante final de Eurocopa, de um lado a Carrasca seleção francesa que se agarrava nos talentos individuais, como o jovem Griezmann autor dos dois gols na semi-final diante aos alemães, no apoio da torcida que nessa Euro tornou-se um show a parte, além disso contava com uma retrospectiva excelente, a de não ter sido vencida pelos portugueses nos últimos 41 anos. Do outro lado a seleção de Portugal que apostava em um forte sistema de marcação e no brilho de sua estrela principal: Cristiano Ronaldo, para escrever pela primeira vez na história do futebol um título de expressão.
O 1° tempo teve grandes lances, logo aos 9 min Grizmann aproveitou uma sobra de bola e Rui Patrício foi um gigante na defesa. Em seguida Sissoko, (que foi o nome da seleção francesa, chamando durante toda a partida a responsabilidade para si) deu um giro em Adrien e encheu o pé, para mais uma grande defesa de Rui. Portugal pouco criava, e passou os 45 min sem nenhuma chance de abrir o placar. No entanto, os lances do 1° tempo foram ofuscados e a partida parecia receber um balde de água fria quando logo aos 8 min, o ídolo que tinha tudo para ser o herói da partida, Cristiano Ronaldo sofreu uma forte entrada de Payet e sentiu o joelho, o lusitano recebeu atendimento, voltou para campo com uma faixa de proteção, mas nada parecia adiantar; Foi então que aos 23 min o estádio todo aplaudia freneticamente o capitão que não tinha mais condições de jogo e saia de campo chorando, frustrado para a entrada de Quaresma. O 2° tempo tempo mostrava uma França incisiva e que buscava abrir espaço com a boa posse de bola para marcar, e aos 20min Grizmann mais uma vez teve uma excelente chance de cabeça em que os franceses pareciam ganhar vantagem no jogo aéreo. Os portugueses buscavam se arriscar mais com a entrada de João Moutinho no time. Já nos acréscimos, aos 46 min, um sufoco, Gignac que entrou no lugar de Giroud, errou o chute e acertou a trave de Rui que tinha sido autor de duas grandes defesas. O goleiro parecia estar mesmo em uma grande noite.
O jogo já marcava história, pois uma final de Euro nunca tinha acabado em 0x0 nos 90 minutos. Sendo assim, caminhou para a prorrogação e logo aos 4 min Pepe criou uma grande chance aos portugueses, mas o juiz marcou impedimento fazendo os franceses respirarem aliviados. Aos 13 min em cobrança de escanteio, Portugal teve mais uma boa chance de abrir o marcador enquanto a França já dava sinais de cansaço errando passes. A essa hora Cristiano Ronaldo já tinha se tornado um 2° técnico e gritava a cada lance do jogo buscando incentivar seus companheiros. O que poucos imaginariam e talvez nem mesmo o torcedor mais otimista de Portugal apostaria, era que Éder, jogador que entrou no final do 2° tempo no lugar do jovem talentoso Renato Sanches (eleito o melhor jogador jovem da Euro), fosse o autor da vitória e colocaria sua seleção na história do futebol. Foi quando aos 3 min do 2° tempo da prorrogação Éder encheu o pé de longe e Lloris não alcançou a bola, fazendo explodir a rede e o grito dos portugueses. Desse instaste até o apito final do juiz, franceses e portugueses já no limite, jogavam apenas na raça e vontade. Mas a cada minuto que se passava, a França se via mais longe do título, o que ficou bem claro na substituição de Sissoko que se doou em campo e saiu chorando copiosamente. Aos 18 min o juiz apontava o centro do campo e os portugueses se consagravam campeões, e entre abraços e lágrimas, Cristiano agradecia cada um de seus companheiros pela entrega em campo. De outro lado, o choro amargo dos franceses, o olhar desconsolado de Evra, Pogba e Sissoko, seguido pelo choro de Matuidi na entrega de medalhas que via o sonho de ser campeão ser adiado para quem sabe, a próxima edição da Euro.
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