RESENHA | Esquadrão suicida
- Laís Dias
- 18 de ago. de 2016
- 2 min de leitura

Esquadrão suicida era um dos filmes que eu mais queria ver este ano. Como boa fã maluca de quadrinhos, eu já estava me corroendo de curiosidade. Todas as divulgações do filme geraram enormes expectativas em todo os fãs que estavam esperando ansiosamente a estreia.
Pelos trailers, era possível perceber que a produção estava apostando fortemente em criar um clima de caos e insanidade. Em todos eles haviam explosões e momentos icônicos que faziam a ansiedade crescer ainda mais. Foram escolhidos atores já conhecidos pelo grande público justamente para atrair uma audiência maior. Entre essas escolhas muito foi questionada a participação de Jared Leto na pele de Coringa. A personagem já havia ficada marcada pela brilhante interpretação de Heath Ledger, então o ator/cantor tinha o duro trabalho de conquistar os fãs. Infelizmente, Jared Leto não conseguiu entregar o Coringa desejado. Todo o desempenho do ator é muito forçado e não possui nenhuma conexão com o resto do elenco. Por si só, o Coringa já uma personagem bastante caracterizada, mas o ator não alcançou (e parece que não entendeu) quem é o Coringa.
Além dele, a personagem Magia (um ponto extremamente importante do enredo) também deixou bastante ao desejar. Foi uma escolha completamente corajosa mas também errada colocar uma atriz iniciante para um papel tão importante. Cara Delevingne não “entrou” na personagem em nenhum momento e a sensação para quem assistia é que ela estava apenas brincando de fingir ser outra pessoa. A falta de expressividade da atriz foi um ponto que atrapalhou bastante, ela parecia bastante “sem vida” e muito sem graça.
Apesar de pontos negativos, alguns pontos positivos são os atores Will Smith e Margot Robbie. Os dois atores foram um espetáculo a parte tomaram conta de todo o filme. A Arlequina de Margot com certeza será um daqueles papéis que será relembrado por um longo tempo. A atriz conseguiu se conectar profundamente com a personagem e nos presentear com uma Arlequina completamente desequilibrada e deliciosa de se acompanhar. Estou torcendo muito para um filme solo da personagem.
O grande problema do filme é que tivemos ótimos elementos pré – filme como os maravilhosos trailers e spoilers. Há muita crítica pesada em relação ao filme principalmente ao elenco. Concordo que personagens tão importantes como Coringa e Magia deveriam ter sido melhor trabalhados e desenvolvidos, ambas personagens possuem ótimas histórias que infelizmente foram mal aproveitadas.
Eu com certeza veria o filme de novo e várias outras vezes. Apesar de uma crítica pesada, o que a maioria não entende é que a Marvel (sem brigas aqui pessoal, love is love) faz filmes para entreter e conquistar público, mas DC faz filmes para os fãs.
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